Vacina BCG: proteção essencial desde o nascimento

Postado na categoria Artigos em e atualizado em 24 de março de 2025


Temida no passado pelo número de mortes, a tuberculose continua sendo um desafio global para a saúde pública. Em 2023, o Brasil registrou aproximadamente 80.012 novos casos, e o número de óbitos relacionados à doença chegou a 5.935. Embora afete principalmente os pulmões, a tuberculose também pode comprometer ossos, rins e meninges (membranas que protegem o cérebro).

Importância da Vacina BCG

Para conter a propagação da doença, a imunização com a vacina BCG (Bacilo Calmette-Guérin) se torna necessária. Em 2023, a cobertura vacinal atingiu 79,1% das crianças. Porém, dados preliminares do Ministério da Saúde, dos primeiros seis meses de 2024, indicam uma cobertura de 75,3% entre os menores de 5 anos. Esses números evidenciam a necessidade de intensificar as campanhas de vacinação para atingir a meta de 90% exigida pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).

É fundamental continuar os esforços para aumentar a cobertura vacinal e, assim, controlar eficazmente a tuberculose no país.

A vacina BCG é essencial na prevenção da tuberculose, especialmente em suas formas graves, como meningite tuberculosa e tuberculose miliar.

Atualmente, a vacina BCG está disponível em serviços de saúde para crianças menores de 5 anos de idade, conforme diretrizes do Ministério da Saúde. É importante que os responsáveis ​​verifiquem a disponibilidade da vacina nas unidades de saúde locais e garantam a imunização das crianças dentro do período recomendado.

A vacina BCG

Em 1974, a vacina BCG (Bacilo Calmette-Guérin), entrou para o calendário de vacinação do Programa Amplo de Imunizações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e, em 1976, o Ministério da Saúde tornou obrigatória sua administração às crianças brasileiras.

A vacina BCG previne não apenas a tuberculose, como também a meningite tuberculosa e, de forma cruzada, a hanseníase. Estes quadros infecciosos graves podem colocar em risco o desenvolvimento do bebê e até mesmo a sua sobrevida.

A aplicação da vacina deve ser realizada prioritariamente nas 12 primeiras horas de vida ou antes que a criança complete 5 anos. Assim, os pequenos estarão protegidos do Bacilo de Kock, bactéria causadora da maioria dos casos de tuberculose, e que pode ser transmitida por pacientes sintomáticos ou por pessoas que, uma vez infectadas, não apresentam sintomas.

Dentre os sinais clássicos da doença estão a tosse, às vezes com expectoração com sangue, além de falta de ar, dores no peito, fraqueza, perda de peso, febre e suores, principalmente ao final do dia.

Quando deve ser aplicada a vacina BCG?

Preferencialmente nas primeiras 12 horas de vida, em crianças com mais de 2kg.
Em crianças expostas ao HIV, a vacina deve ser aplicada ao nascimento ou o mais precocemente possível.
Bebês com peso inferior a 2 kg devem aguardar até atingir esse peso para receber a vacina.

Quem deve tomar a vacina?

  • Crianças de até 4 anos, 11 meses e 29 dias.
  • Pessoas que convivem com pacientes diagnosticados com hanseníase.

Reação esperada e necessidade de reforço

A vacina BCG deixa uma pequena cicatriz no local da aplicação, uma reação normal e inofensiva. Atualmente, não há indicação de dose de reforço, pois evidências apontam que uma dose é suficiente para a proteção.

Leia também: Coqueluche e recém-nascido: entenda os riscos e a importância da vacinação.

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