Amamentar é a melhor escolha

Postado na categoria Artigos em e atualizado em 10 de fevereiro de 2023


Conforme recomenda a Organização Mundial de Saúde – OMS, todo bebê deve ser alimentado exclusivamente com leite materno até os seis meses de idade. Por sua natureza rica em nutrientes, o bebê em aleitamento materno exclusivo não precisa consumir chá, sucos ou água. O leite materno já contém toda a água de que o bebê necessita, mesmo em locais muito quentes.

A professora Luiza Ventura, enfermeira obstétrica e consultora em amamentação do Neocenter, destaca que “além de nutrir, o leite materno atua no sistema imunológico da criança, protegendo-a de doenças e de processos infecciosos, contribuindo eficazmente na redução da morbimortalidade infantil”.

Devido a seus nutrientes, o leite materno atua no combate a infecções, reduzindo o risco de óbito. De acordo com levantamento feito em três continentes, crianças que não eram amamentadas no segundo ano de vida tinham duas vezes mais chances de morrer por doença infecciosa quando comparadas com crianças amamentadas (World Health Organization, 2000). Muitas mortes de crianças menores de cinco anos podem, assim, ser evitadas com o aleitamento materno. As estimativas são de uma redução de pelo menos 13%. “Não há qualquer outra ação que tenha tal impacto na redução da mortalidade infantil”, defende a enfermeira.

Segundo Luiza Ventura, o ato de amamentar vai além de nutrir o bebê. “Ele promove uma interação maior entre a mãe e o filho, com implicações não apenas no desenvolvimento cognitivo e emocional de ambos, mas, também, na saúde física e psíquica da mãe”.

Queimando etapas

Muitas pessoas acreditam que ao se iniciar a introdução alimentar aos 6 meses de idade, o leite materno perde sua importância e diminui sua oferta. No entanto, além dos novos alimentos dessa fase, o leite materno deve ser mantido em livre demanda até os 2 anos de idade. É comum também que algumas famílias optem por iniciar a introdução alimentar mais cedo, antes dos 6 meses, devido a falsa crença de que o leite materno não estaria “sustentando” o bebê.

Ainda de acordo com a professora , estudos confirmam que introduzir precocemente alimentos sólidos na dieta do bebê pode causar prejuízos à saúde da criança, uma vez que pode levar a desnutrição, provocar maiores episódios de diarreia e de hospitalizações, entre outros fatores. “E claro que devemos lembrar dos outros benefícios da amamentação: o contato com a mãe neste momento tão importante do desenvolvimento ajuda a promover as relações de amor e a formar crianças mais seguras e saudáveis. Então, não se esqueça: o leite materno é o único alimento que seu filho precisa até os 6 meses de vida e deve ser mantido no mínimo até os dois anos de idade”, enfatiza a consultora em amamentação.

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