Cardiopatias em recém-nascidos: o que toda gestante precisa saber 

Postado na categoria Artigos em e atualizado em 17 de janeiro de 2025


As cardiopatias em recém-nascidos, congênitas, são um conjunto de anomalias que afetam a estrutura ou função do coração do bebê ainda em desenvolvimento. Elas podem ser desafiadoras para a família que descobre a condição ainda na gestação ou logo após o nascimento do bebê. 

Devido à complexidade do coração, a cardiopatia congênita pode manifestar diferentes sintomas, desde problemas respiratórios à dificuldade de amamentação e ganho de peso. 

Dados da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) apontam que as cardiopatias congênitas estão entre as anomalias mais comuns, com incidência de aproximadamente 1 caso a cada 100 nascimentos. E, de acordo com o Ministério da Saúde, a condição chega a afetar 30 mil crianças por ano no Brasil, e  40% devem necessitar de cirurgia no primeiro ano de vida.  

Estar informado e contar com acompanhamento médico de excelência durante o pré-natal e após o nascimento do bebê pode fazer toda a diferença para o prognóstico e qualidade de vida da criança. Afinal, os desafios relacionados à saúde do recém-nascido podem gerar impactos durante toda a vida.  

O que são cardiopatias congênitas? 

As cardiopatias congênitas são malformações que ocorrem no coração ou nos grandes vasos do feto ainda durante a gestação. Contudo, eles podem variar de níveis, como pequenos defeitos no septo (a parede que separa as câmaras do coração) ou na posição dos vasos, como na transposição das grandes artérias. 

Conheça as principais cardiopatias 

  • Comunicação interventricular (CIV): pequeno orifício entre os ventrículos. 
  • Tetralogia de Fallot: conjunto de quatro alterações estruturais que dificultam a oxigenação  sanguínea  e podem provocar coloração azulada da pele. 
  • Atresia pulmonar: obstrução das válvulas que regulam o fluxo de sangue para os pulmões. 

Já as condições mais raras, podem afetar a função do miocárdio, entre outras anomalias, e comprometer o funcionamento do coração desde os primeiros dias de vida. Embora afetem um número menor de pessoas no mundo, pode ter elevadas taxas de óbito, devido a sua gravidade. A anomalia de Ebstein e a síndrome da Hipoplasia do Coração Esquerdo são exemplos de cardiopatias congênitas raras. O tratamento de ambas varia de acordo com detalhes do quadro e podem ser cirúrgico, medicamentoso, e até transplante cardíaco.

Principais causas e fatores de risco 

Apesar de nem sempre ser possível determinar a causa exata, fatores genéticos e ambientais influenciam no desenvolvimento das cardiopatias congênitas. Estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS) destacam os seguintes fatores de risco: 

  • Histórico familiar de cardiopatias. 
  • Doenças maternas, como diabetes, ou lúpus. 
  • Infecções durante a gravidez, como rubéola. 
  • Exposição a substâncias teratogênicas, como álcool e alguns medicamentos. 
  • Idade materna avançada. 

A prevenção, embora nem sempre possível, pode incluir cuidados como vacinação, pré-natal específico e uso criterioso de medicamentos sob orientação médica.  

Diagnóstico: a importância do pré-natal 

O pré-natal desempenha um papel crucial na detecção precoce de cardiopatias, lesões e/ou malformações cardíacas. Isto é, a partir de  exames de imagens, é possível identificar anomalias ainda durante a gestação, possibilitando planejamento e intervenção imediata ao nascimento. 

O ultrassom morfológico, realizado entre a 20ª e 24ª semanas de gestação, é uma ferramenta importante para detectar possíveis anomalias no coração fetal. 

Além disso, em casos de histórico familiar de cardiopatias, gestantes com fatores de risco, ou suspeita médica de uma cardiopatia, exames genéticos e avaliações adicionais podem ser recomendados.  

Segundo o Ministério da Saúde, o diagnóstico precoce permite a elaboração de um plano de parto adequado e a disponibilização de cuidados neonatais imediatos. Ademais, aumentam as chances de um  desfecho positivo. 

Mapeamento de cardiopatias 

Os exames mais indicados incluem: 

  • Ultrassom morfológico: realizado no segundo trimestre, avalia a formação dos órgãos do feto, incluindo o coração. 
  • Ecocardiograma fetal: exame específico que analisa detalhadamente a estrutura e a função do coração, identificando anomalias com alta precisão. 
  • Doppler colorido: complemento que avalia o fluxo sanguíneo e detecta alterações nos vasos e nas câmaras cardíacas. 

 Quando o cateterismo pode ser indicado? 

O cateterismo cardíaco, embora seja frequentemente associado a adultos, também é um procedimento importante em recém-nascidos com suspeita de cardiopatias congênitas, lesões e/ou malformações coronarianas. Esse exame minimamente invasivo é usado tanto para diagnóstico quanto para tratamento de algumas condições. 

Entre as situações em que o cateterismo pode ser indicado estão: 

  • Correção de defeitos estruturais: como alargamento de válvulas estreitas ou fechamento de vasos anômalos. 
  • Avaliação detalhada do coração: em casos em que outros exames não fornecem informações suficientes. 
  • Suporte à cirurgia: permitindo um planejamento mais preciso para intervenções maiores. 

O procedimento é realizado em ambiente hospitalar especializado e, em muitos casos, pode evitar ou postergar a necessidade de cirurgias complexas, contribuindo, sobretudo, para uma abordagem menos invasiva e mais segura para o bebê. 

Tratamento e prognóstico 

A gravidade e o tipo de anomalia é determinante  no tratamento das cardiopatias congênitas. Alguns podem ser monitorados sem necessidade de intervenção imediata, enquanto outros necessitam de intervenção cirúrgica nos primeiros dias ou meses de vida. 

As equipes de neonatologia, cardiologia  e cirurgia cardíaca pediátrica desempenham papel essencial no tratamento dessas condições. Isto é, centros especializados, como o Neocenter Maternidade e Neocenter Felício Rocho, contam com infraestrutura e profissionais capacitados para atender recém-nascidos com cardiopatias, garantindo cuidado integral e humanizado. 

Por que escolher o Neocenter? 

O Grupo Neocenter é referência em atenção neonatal de alta complexidade em Minas Gerais, com mais de 30 anos de experiência no cuidado de bebês. Nossa equipe multidisciplinar trabalha em estreita colaboração, desde o diagnóstico pré-natal até o tratamento pós-nascimento, sempre priorizando a segurança e o bem-estar do bebê e da família. 

O corpo clínico do Neocenter se mantém atualizado quanto às técnicas mais modernas e colabora com equipes de especialistas para oferecer o melhor suporte às gestantes que enfrentam esses desafios. Tanto que, embora a maternidade esteja localizada em Belo Horizonte (MG), recebe pacientes de todo o Brasil. Gestantes com gravidez de alto risco chegam ao Neocenter confiantes na referência em medicina intensiva.  

Além disso, o Neocenter oferece:

  • Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) com tecnologia avançada. 
  • Parcerias com cardiologistas pediátricos especializados. 
  • Atendimento humanizado e suporte emocional às famílias. 
  • Protocolos baseados nas melhores práticas nacionais e internacionais, com certificações. 

Como proteger seu bebê? 

Se você está grávida ou planeja a gravidez, algumas ações podem ajudar a reduzir os riscos. Confira a seguir. 

  • Busque orientação para a fase de planejamento de gestação. 
  • Faça  uma avaliação de saúde antes de engravidar.  
  • Inicie o pré-natal cedo e siga todas as recomendações médicas. 
  • Adote hábitos saudáveis, incluindo alimentação balanceada e exercícios moderados. 
  • Evite o uso de substâncias tóxicas, como álcool e cigarro. 
  • Vacine-se contra infecções. 
  • Realize os exames indicados, como o ultrassom morfológico e o ecocardiograma fetal. 

Histórias de esperança 

No Neocenter, testemunhamos histórias emocionantes de superação diariamente. Famílias que chegaram com diagnósticos preocupantes e, graças ao cuidado especializado e à força dos pequenos guerreiros, hoje celebram a vida e a saúde de seus filhos. 

Essa dedicação reafirma nosso compromisso em oferecer o melhor em tecnologia e acolhimento, transformando desafios em possibilidades. Saiba mais aqui.  

Cardiopatias em recém-nascidos e conclusões

Em resumo, as cardiopatias congênitas podem parecer assustadoras, mas com diagnóstico precoce, acompanhamento adequado e suporte especializado, é possível garantir um futuro saudável e feliz para os pequenos. 

Se você deseja saber mais ou precisa de apoio, entre em contato com o Neocenter Maternidade. Conheça nossa estrutura e permita que nossa equipe caminhe ao seu lado nessa jornada tão especial. 

“As cardiopatias congênitas apresentam um amplo espectro de apresentações e muitas vezes são assintomáticas ao nascimento. O principal conselho que daria para uma gestante é investir em pré-natal de qualidade e, em caso de um bebê com cardiopatia, se cercar de uma equipe competente e de confiança. As mamães também devem ficar atentas à realização do teste do coraçãozinho na maternidade – triagem obrigatória realizada após 24 horas de vida do recém-nascido e antes da alta hospitalar.”, Dra. Rairine Faleiro, pediatra no Neocenter Maternidade. 

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