Leite materno: características para nutrir e proteger o bebê

Postado na categoria Destaque em e atualizado em 15 de junho de 2023


Ministério da Saúde recomenda amamentação exclusiva nos primeiros seis meses de vida. Estudos apontam que crianças e adolescentes que tiveram alimentação correta enquanto bebês, têm melhor desempenho escolar

O leite materno é reconhecido como o alimento ideal para recém-nascidos e essencial para crianças de 2 anos ou mais, fornecendo todos os nutrientes essenciais para o crescimento e o desenvolvimento saudáveis. Com um alto valor nutricional, o alimento é um organismo vivo complexo que sofre alterações do meio e varia de mãe para mãe, possuindo aspecto, cheiro e cores distintas para cada mulher e a cada fase da amamentação.

“O leite materno não é igual o tempo todo. Na verdade, ele sofre alterações durante todo o período de amamentação. Devido ao impacto dos hormônios no corpo da mulher, por exemplo, ele pode variar de cor e cheiro”, explica a enfermeira e consultora em amamentação, Ana Cláudia Castro.

As alterações são resultado também da transformação do leite para se adaptar às necessidades específicas do bebê. O leite materno ao longo da amamentação passa por três fases: o colostro, o leite de transição e o leite maduro.

O colostro, como explica Ana Cláudia, é produzido desde a décima sexta semana de gestação e excretado nos primeiros três dias de vida do recém-nascido (RN). “Nessa fase o estômago tem a capacidade bem pequena, entre 5 e 15mL. O que a mãe produz atende exatamente ao que o bebê está precisando. Nesses primeiros dias é esperado que ele mame várias vezes em pequenas quantidades. Como o estômago é pequenininho, ele ainda está na fase de aprendizado, então são mamadas curtas e frequentes”.

Entre o terceiro e o quinto dia de vida do bebê, acontece a apojadura que é o processo natural de iniciar a produção de leite materno após o parto. “Nesta fase a mãe vai estar com as mamas mais pesadas, cheias e um pouco quentes, devido ao aumento da temperatura corporal que pode variar até um grau nesta fase. Este leite é conhecido como leite de transição. Ele acompanha o estômago do recém-nascido, que está mais alerta e vai mamar com mais volume e em tempo menor”, alerta a consultora.

A partir do quinto dia o leite materno sofre outra transformação chamada de leite maduro. “Nesta fase há uma bomba de hormônios agindo no corpo da mulher, por isso a cor e o cheiro podem variar. Neste período é importante que a mãe faça massagem antes de amamentação para deixar a auréola bem macia. O bebê precisa estar mais alerta e ativo para amamentar e isso vai favorecer que o processo seja mais tranquilo, seguro e ajuda na prevenção de fissuras, algo indesejado que pode acontecer nos primeiros 15 dias de vida”, explica.

Inúmeros benefícios

O leite materno é uma recomendação do Ministério da Saúde como o alimento mais completo para o bebê nos primeiros dois anos de vida e deve ser ofertado de forma exclusiva nos primeiros seis meses. “Ele é completo e tem todos nutrientes e proteínas necessárias para o crescimento e desenvolvimento nesta fase”, afirma Ana Cláudia.

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) as crianças e os adolescentes que foram amamentados quando bebês têm menor probabilidade de apresentar sobrepeso ou obesidade. Além de ter melhor desempenho em testes de inteligência e frequência escolar superior.

O aleitamento materno também contribui para a saúde e o bem-estar das mães, já que reduz o risco de câncer de ovário e de mama. Ele também é responsável pela criação de um laço maior de afeto entre a mãe e o bebê.

 

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